As esculturas de Susana Piteira não presentificam os males, nem tão pouco os desejos imediatos do corpo. Assumem o corpo como fundamento conceptual, mas “ignoram-no” quer como carne, quer como continente de órgãos. São muito mais invólucros de fraca densidade, embora a sua base matérica seja resistente e impenetrável. A pele humana que se confundirá com a pedra trabalhada como uma pele.
O corpo não presentificado na escultura, sustentado pela ausência e anonimato, explicita uma causa paradigmática da contemporaneidade: é a causa individual e colectiva.” Fátima Lambert